domingo, 28 de novembro de 2010

Adeus? ... Até logo!

Na última aula prática do AIS fomos incentivados a falar palavras que nos associavam ao programa, e tivemos como resultado o quadro abaixo.






Dividimos essas palavras em 4 categorias:
- aquilo que é nosso (alunos do AIS)... ou seja, o que projetamos. - azul
- aquilo que é da comunidade, famílias... ou seja, o que percebemos deles. - marrom
- aquilo que é de ambos. – azul e marrom
- aspectos negativos - x


Nossos Pensamentos
·         Pão com mortadela
·         Bombom
·         Preocupação
·         Solidariedade
·         Experiência
·         Atenção Básica
·         Amor
·         Afeto
·         Assistência
·         Saudades
·         Social
·         Prontuário
·         Tensão (-)
·         Interdisciplinaridade
·         Compromisso
·         Conscientização
·         Portfólio (+/-)
·         Medo (-)
·         Frustração (-)
·         Equipe
·         Sono (-)
·         Distancia (-)
·         Falta de Infra-estrutura
·         (recursos financeiros e materiais)
·         Prontuário
·         Confiança
·         Orientação
·         Compaixão
·         PSF
·         Ignorância (-)
·         Saúde
·         Sinceridade
·         Coordenação
·         Empatia
·         Simplicidade
·         Trânsito (-)
·         Brigas (-)
·         Atenção Primaria
·         Apego
·         Apreensão (-)
·         Prevenção
·         Insatisfação (-)
·         Satisfação
·         Exemplo
·         Descobertas

Sentimentos das Famílias

·         Saudades
·         Social
·         Atenção Básica
·         Amor
·         Afeto
·         Bombom
·         Carência (-)
·         Esgoto (-)
·         Horta
·         Conscientização
·         Medo
·         Compromisso
·         Idoso
·         Comunidade
·         Falta de Infra-estrutura (Saneamento, moradia) (-)
·         Sono (-)
·         Qualidade de Vida (Lazer, higiene, alimentação saudável)
·         Creche
·         Dor (-)
·         Doenças (-)
·         Desconfiança (-)
·         Confiança
·         Orientação
·         PSF
·         Saúde
·         Sinceridade
·         Empatia
·         Simplicidade
·         Família
·         Dignidade
·         Depressão (-)
·         Analfabetismo (-)
·         Precariedade (gravidade da situação que as pessoas se encontram) (-)
·         Atenção Primária
·         Apego
·         Apreensão
·         Insatisfação (-)
·         Experiência de Vida
·         Descobertas
·         Reciclagem
·         Revolta (-)




No geral, concordei com o que foi estabelecido pelo nosso grupo.

Para para mim o que ficou de mais impactante nessa experiência com o PSF, foi observar de perto a fragilidade de parte da população. Lembro de logo no início dizer que nunca tinha tido contato tão próximo. Estar na comunidade, conversar com a minha família, passar pela creche, me proporcionaram momentos de conhecimento e reflexão que jamais esquecerei.

O que ficou marcado, sem dúvida alguma, foi perceber o carinho na forma mais sincera, tanto pela minha família que me recebeu tão bem, mas principalmente com aquelas crianças, que demonstravam exatamente o que sentiam. Elas me achavam tão importante ali naquele momento, e isso é inexplicável.

E com um vídeo dessas crianças me despeço do AIS...  







Vejo vocês no internato!  =)



Aaahh.. essas crianças!

Acabei de receber umas fotos do dia da creche.
E só de olhar, já voltei a sorrir. Esse contato com as crianças foi mágico!
Faz mais de um mês, mas o bem que elas me proporcionaram continua muito presente comigo.




O que é o que é?
(Gonzaguinha)
Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
E a vida....

Familiograma

Para fazer o familiograma da nossa família em questão, tivemos algumas dificuldades. Dona M. já não se lembrava perfeitamente de todas as pessoas, o que é bastante normal para uma senhora de idade. Conforme o tempo vai passando a memória tende a falhar.
Assim, nos baseamos em três gerações familiares que tivemos contato direto.




Cabe ressaltar que Sebastião, o marido de Dona M. já faleceu de "velhice", de acordo com Dona M..

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Trabalho Teórico...

Faz um certo tempo que apresentei meu trabalho, então relatarei aquilo que permaneceu na memória.


Meu tema foi: A Saúde e seus Determinantes Sociais
baseado no texto escrito por Paulo Marchiori Buss e Alberto Pellegrini Filho.


Já de início, trazíamos para a turma um novo conceito de saúde. Muito mais que a ausência de doença, estabelecíamos que a saúde estava estreitamente relacionada com as condições econômicas, sociais, culturais e ambientais, nas quais as pessoas se inserem.


Ou seja, aonde nascemos, nossa escolaridade, condições financeiras, presença de saneamento básico, se temos lazer disponível... esses e vários outros fatores são capazer de influenciar na nossa saúde. Assim, temos que saúde = qualidade de vida.






Como a proposta do trabalho era para ser algo dinâmico, que aproximasse a turma do conteúdo teórica, criamos uma espécie de jogo da vida. Escolhemos três pessoas da turma que interpretaram no nosso jogo três papéis distintos e bastante estereotipados, mas que funcionariam (e de fato, funcionaram) para ilustrar a mensagem que queríamos passar.


Tínhamos um médico de Ipanema, um motorista de ônibus do Méier e um desempregado de uma favela.
Três situações diferentes, que garantem oportunidades de vida diferentes.
Algumas etapas do jogo relacionaram o maior risco de determinadas doenças, o que cada um procuraria fazer quando doente, opções de diversão e lazer...


Conforme o jogo ia avançando, o que ficava claro, era que acesso a fatores que aumentam a qualidade de vida trariam SIM, melhores condições de saúde.





Despedida..

"Despedidas são assim, 
com cara de chuva que inunda, 
com cara de noite que tira luz, 
com cara de perda do que nunca se teve...
Vêm, apenas vêm.. 


tira de nós algo de brilho, 
algo de bom.. 
algo de nosso, algo de alguém.. 
apenas vem..


Despedidas doem, 
arrebatam a alma, 
trazem à tona tristeza.. 
a lágrima aflora... 
O peito estoura, 
Num combinar fúnebre... 
No véu do não mais olhar...


Seja lá que despedida for, 
só conheço uma boa: 
a despedida da tristeza..


Mas essa a alegria cobre... 
nem se vê como despedida.. 
inundada pelo bem-estar, 
o bem querer de ter a vida.. 
e, na vida, a felicidade.. 


Despedidas, 
dos que vão por ciclo natural da vida.. 
dos que vão por opção, 
dos que têm que ir... 
dos que a vida distanciam, 
por tudo que reside nela.. 
pela hora errada, 
pela situação errada.. 
na vontade suprimida em cada um.. 
Mas, se tem que ter despedidas, 
tchau, enfim...


Alguém sai da sala de nossas vidas..."






Terça passada foi um dia de despedida. Encerramos nossas aulas na Comunidade de Novo Palmares e nossa presença física na vida de Dona M.
E como é ruim dizer adeus!


Digo presença física, porque acho que no fundo estaremos sempre presente na vida daquela senhora tão humilde e simpática.
Entramos em sua casa numa tarefa de aula, e a ajudamos a descobrir um problema de hipertensão que agora ela não desconfiava ter. 
Muito mais do que o médico que prescreve remédios, nós como alunas, estivemos presentes para escutar as aflições, para incentivá-la a buscar ajuda e prosseguir o tratamento.
Lembro de ter reforçado inúmeras vezes que ela só sentia-se bem no momento, pois estava se tratando, que não poderia deixar de se cuidar, já que era isso que a mantinha saudável. (Aquela história do paciente que só se trata quando está mal)


Dona M. disse que sentiria a nossa falta, que não queria que fôssemos embora e nos pediu para voltar.
Ao mesmo tempo que é maravilhoso escutar uma pessoa falando isso tão espontaneamente e com tanta sinceridade, como é dói ter que se despedir.


O que fica registrado com certeza é o bem que conseguimos fazer para a nossa primeira paciente. Inesquecível!







segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sobre hipertensão...

Com o diagnóstico de hipertensão de Dona M., quis pesquisar um pouco sobre o assunto...


A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno. É caracterizada pelo aumento da pressão arterial, aferida com esfigmomanômetro (aparelho de pressão) ou tensiômetro.
Suas principais causas são:
  •  a hereditariedade, 
  • a obesidade, 
  • o sedentarismo, 
  • o alcoolismo, 
  • o estresse, 
  • o fumo 

A sua incidência aumenta com a idade, mas também pode ocorrer na juventude.

Existe um problema para diferenciar a pressão alta da pressão considerável normal.

Considera-se hipertenso os indivíduos que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia.


Quadrinho abaixo mostra as variações da pressão arterial normal e hipertensão em um adulto maior de 18 anos.




Sabe-se que no Brasil, cerca de 10 a 15% da população é hipertensa, e a maioria desconhece ser portadora de hipertensão.


Para controlar a hipertensão, podem ser utilizados fármacos, mas principalmente alterar o estilo de vida. Atividades físicas e uma alimentação saudável fazem a diferença.
E é isso que tentei passar para Dona M. nos últimos encontros. Além de tomar o seu remédio, ela precisa prestar atenção no que ingere e se exercitar. Uma caminhada pela comunidade todos os dias já ajudará bastante.


Um quadrinho muito interessante sobre os alimentos que devem ser evitados e aqueles liberados para o hipertenso é esse...






OBS: Informações foram obtidas no Manual do Hipertenso feito pela Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde, e também da página http://www.abcdasaude.com.br .


Falando sobre o SUS...

Ontem tivemos ENADE. Quatro períodos foram selecionados para fazer uma prova que mede o aprendizado dos alunos comparando resultados entre aqueles que iniciam a faculdade (M2 e M3), e os que a terminam (M11 e M12). 

A prova é composta por questões de conhecimentos gerais e conhecimentos específicos de clínica médica. Essa última parte digamos que foi interessante. Não sabia praticamente nada, o que era de se esperar. Torcendo para que os alunos "mais velhos" tenham achado muito fácil. Esperança de que um dia saberei!!

Entre patologias, tratamentos, exames e diagnósticos, me deparo com uma questão que não tive dúvidas. 
"Quais os princípios básicos do SUS?"
Essa, eu acertei!




Antes da criação do SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988, a saúde não era considerada um direito social. O modelo de saúde adotado até então dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por serviços de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito algum. Assim, o SUS foi criado para oferecer atendimento igualitário e cuidar e promover a saúde de toda a população. O Sistema constitui um projeto social único que se materializa por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.



O sistema de saúde é ainda um sistema hierarquizado: compõe-se de várias unidades interligadas, cada qual com suas tarefas a cumprir. Num primeiro nível, estão os centros de saúde, que todos podem procurar diretamente; em seguida, há outros estabelecimentos que ofertam serviços mais complexos, como as policlínicas e hospitais. Quando necessário, as pessoas serão encaminhadas para eles, sempre referenciadas a partir dos centros de saúde. Para os casos de urgência e emergência, há um pronto-socorro próximo.



Os princípios básicos (aqueles da prova!) são representados pelos conceitos de universalidade, eqüidade e integralidade.



  • Princípio da Universalidade - representa a inclusão de todos no amparo prestado pelo SUS, ou seja, qualquer pessoa passa a ter o direito de ser atendidos nas unidades públicas de saúde
  • Princípio da Eqüidade - situações desiguais devem ser tratadas desigualmente. As diferentes situações de vida dos vários grupos populacionais geram problemas de saúde específicos, bem como riscos e/ou exposição maior ou menor a determinadas doenças, acidentes e violências. Isto significa, portanto, necessidades diferenciadas, exigindo que as ações da gestão do sistema e dos serviços de saúde sejam orientadas para atender a essas especificidades. 
  • Princípio de Integralidade - todas as ações necessárias para a promoção, proteção e recuperação da saúde de todos devem ser realizadas.


A meu ver, o SUS é uma tentativa federal de reduzir as disparidades que encontramos na sociedade brasileira. 
É claro que não é um sistema perfeito, vide problemas de filas, dificuldades para marcar consultas, falta de medicação, mas em sua teoria ele promove uma grande melhora para o sistema de saúde brasileiro. 
Dar condições a quem não as tem é de extrema importância principalmente para o Brasil, um país marcado por diferenças e desigualdades.
Então, mesmo que não tenhamos uma eficiência de 100%, o que se percebe é que há sim uma grande melhora. É preciso continuar investindo nesse sistema, de forma que ele amplie cada vez mais seu auxílio e, principalmente, sua qualidade.





Obs: As informações a cerca do SUS foram retiradas tanto de um texto entregue em sala de aula, quanto da página da internet do Ministério da Saúde Brasileiro.
www.portal.saude.gov.br